domingo, 26 de outubro de 2008

Aceitação

Com o tempo, nossas vivências vão fazendo a gente acreditar em algumas coisas e desistir de outras.
Quando era mais novo, e ainda não tinha vivenciado grandes amores, acreditava que seria fácil achar a "pessoa da vida" e que seria para sempre.
Naquele tempo eu acreditava naquele amor que você se entrega totalmente, sem medos, de corpo e alma.
É como se perdessemos a inocência diante da vida. Talvez até por essa idéia eu gostasse tanto de cantoras que cantam aquele amor sem ressalvas, incondicional, de entrega como a Laura Pausini, a Celine Dion e a Sarah Brightman, por exemplo.

"Passa um momento e você é,
tudo aquilo que eu quero, agora, inapagável. Parecia uma outra história que, o tempo levou junto consigo. Não me deixe. Não me deixe. E quanto mais longe de mim esteja. Mais está no centro de meus pensamentos. Não me deixe, não me deixe, porque agora és Inapagável."
*Laura Pausini, Incancellábile'' (Inapagável)

Com nossas experiências, mudamos de opnião e as vezes de objetivos. Mas aquilo que é inerente a nós se mantém. É a chamada essência.
Com algumas - experiências - bem e outras tantas mal sucedidas, por vários motivos, a gente passa a aceitar que nada é para sempre.
Quando me deparei com essa realidade, fiquei triste. Porque em tese, tudo aquilo que eu acreditava havia desmoronado. Contudo, com o
tempo, refletindo mais, percebi que isso possibilita que você possa recosntruir sua vida com outra pessoa após o fim de um relacionamento.
Ou seja é a renovação da vida.

Incluindo isso, eu passei a acreditar que um relacionamento só é possível com um sentimento chamado "aceitação", que alguns nomeiam tolerancia.
O "principe encantado" que muitos de nós sonhamos na verdade não tem nada de "príncipe" e muito menos de "encantado". Afinal, ninguém tem os mesmos pensamentos que nós. E por mais que muita gente discorde, isso é super saudável e proporciona a diversidade e é justamente onde
aprendemos com o outro. Mas o problema é que muitas vezes procuramos alguém exatamente igual a nós e quem segue esse caminho se depara com o nada.
A maioria das pessoas, não quer aprender a aceitar o outro, as vezes agindo com intolerancia contra si mesmo.
Duas pessoas, são dois universos diferentes, mas que podem agir em conjunto quando se desejam e passar a incorporar um, parte do outro, se somando e contribuindo entre si.
Acredito que quando desenvolvemos essa consciência de "diversidade" fica mais fácil encarar as oportunidades da vida em todos os aspectos.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Volatilidade

Quando nos deparamos, com a volatilidade de muita gente, nos perguntamos se isso é normal ou é essa sociedade que nos faz assim.

Como eu contei no post anterior, a ligação não ocorreu, mas o mais incrível foi o G. ter simplesmente desaparecido. É como se não tivesse a coragem de expor a verdade, mas o mais interessante é que isso é exatamente o mais importante, afinal é uma questão de respeito com o outro. Principalmente quando se coloca desde o início que voce não tolera esse tipo de comportamento e que afirma que não o faria com ninguém.

Volatilidade não significa desrespeito, portanto não há mal em chegar a pessoa que sente algo por você e dizer a verdade. Pronto. Como dizem por aí, as vezes um NÃO doi menos que um SIM.

Resignado com a situação e levemente indignado - não tanto, talvez ora porque sou capricorniano e dizem que nos adaptamos a qualquer situação - resolvi sair nesse final de semana, tranquilamente só pra espairecer mesmo.

Chegamos na balada, uma fila se formava para a entrada na boate, e eu com meus amigos esperavamos fora enquanto éramos observados pelos demais. Adentramos, e por incrível que pareça, é como se quando você menos quisesse pecar o diabo mais te atentasse. Paasados 30 minutos um rapaz belo chega do meu lado e diz que me reconhece do "seu orkut", papo vai e vem ele me beija. Fiquei meio atônito, mas como diz o dito popular: "Tá no inferno, abraça o capeta."

Passados alguns minutos, ele sai e diz: - Vou ali e já volto.

Não precisa ter mais de 2 neurônios pra se imaginar o que aconteceria. Segui adiante para a pista principal, outro se aproximou e sem muitas palavras tascou-me um beijo..e enfim outras pessoas se seguiram durante a noite.

Sinceramente, eu não sou uma pessoa que valoriza esse tipo de atitude, mas como já tinha embalado isso, foram vários caras. Numa noite apenas.

Saí de lá com dois telefones e muitos pensamentos. Refleti sobre a artificialidade e a pobreza que o amor tem vivenciado nesses tempos. E enquanto isso acontecia, meus amigos se agitavam como se eu fosse um bingo. Uma maquina de apostas. Confesso que as vezes uma futilidade é boa sim. Mas não sou disso não...vai saber.

Como o destino é muito bondoso comigo, tive um retorno e confesso, tô feliz sim. Fazer o quê né? Zerar tudo de novo e tentar a sorte?

Assim é a busca do amor!

Só pra descontrair, vou postar o comentário do meu amigo sobre o telefonema:
- Evidente, de 8 caras, algum tinha que te dar o telefone né? Não era possível!

Alguém estava bêbado nessa história, ou eu, ou eles! hahuahuahuhua

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Same Mistake

Sentei aqui, e ainda esperava, aliás ainda espero por um telefonema teu.
Não sei nem pra quê, afinal te ligo a dois dias e não me atendes. É sempre assim, rápido, fácil.
Parece comercial de banco. Simples assim deixar alguém pra trás.

Ontem ainda me condenava, tentando achar nos meus erros a razão pelas coisas não darem certo.
Peguei a Bíblia - hoje já nem sei se devia incomodar Deus com essas coisas - e dizia lá:

"Se disseres: "Mas não o sabia!"
Aquele que pesa os corações não o verá?
Aquele que vigia tua alma não o saberá?
E não retribuirá a cada qual segundo o seu procedimento?"


Provérbios, cap 24, vers 12.

Ali, percebi que foi como se Deus dissesse que eu estava ali, respondendo pelo que ocorrera antes..

Antes de conhecer o G. (atual) conheci o M.(ex) que na verdade era um cara que conheci tres dias depois que chegou ao Brasil - para trabalho, viera da Alemanha - e desenvolvemos um "pseudo-namoro" , digo "pseudo' porque não há como confiar tua vida a alguém que avisou: "Retorno a Alemanha em Outubro".

Mas M. teve problemas financeiros que o levaram embora a PE antes do prazo - onde reside sua família - e estávamos sem nos ver 15 dias e quase sem se falar, a coisa já não fluia e fora sem me avisar de absolutamente nada..

Portanto dei o caso como encerrado e toquei minha vida, apareceu uma tentaiva nesse meio tempo e depois o G. Teria sido eu tão mal ao não terminar "efetivamente" com o M? Sinceramente, acredito que não. Eu tenho meus erros sim, mas acho que minha parte eu fiz com G. Afinal aqui do lado ainda estão os convites das peças e os ingressos.
Os filmes que vimos juntos no sofá da sala dele. As peças de teatro que assistimos, muita coisa eu preparava, nunca chegava na casa dele de mãos abanando. Mas enfim, talvez isso e nossas conversas não foram suficientes.

Isso ainda me incomoda, acho que vem daí minha necessidade de escrever. É mais uma ficha queimada, e de momento esse coração bobo que quase sempre se entrega, dessa vez - por não ter entrado de cabeça - sai um pouco menos arrebentado, mas ainda sim, cansado e fatigado de saber que não foi dessa vez, mais uma vez..

Pensei em 3 possibilidades do término:
* O ex: Eu entenderia porque 10 anos não se apagam facilmente assim.
* O trabalho: Lamento, porque viver apenas para o trabalho não é meu objetivo final. Mas parecia ser o dele. Enfim cada um
define o que quer como prioridades para a sua vida.
* Acreditar que eu tinha interesses financeiros: Uma pena seria, pois eu só queria uma coisa dele: o coração. Mas ele se fechou
e mal permitiu que eu o visse. Nesse aspecto não ligo, não admito ser sustentado pelos outros. Nunca.

E pensar que eu só quero um coração com amor que me preencha, um carinho e um afago todos os dias.
Espero que minha fé sobreviva até la. Parece que cada dia eu vou chegando mais próximo do meu limite.

.."Saw the world turning in my sheets and once again I cannot sleep.
Walk out the door and up the street; look at the stars beneath my feet.
Remember rights that I did wrong, so here I go...."


Same Mistake, James Blunt.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Dar um Tempo (Reflexão)

Imagem: Male Perfection - Jules and Jim (J&J) - DevianArt


Quando almejamos algo na vida - seja um curso, uma carreira, um sentimento - as vezes precisamos abrir mão de outras coisas em benefício dessa mais importante.


Eu, desde meus jovens anos - já falo como se fosse um idoso aos 22 hauahuhuah - sempre priorizava uma coisa na vida: o encontro do amor, daquela pessoa com a qual dividiria meus dias , meus sentimentos, minhas conquistas e minahs derrotas.


Mas o tempo vai passando, acontecimentos ocorrendo, e você vai digamos "perdendo um pouco da fé" nas coisas que acreditava.

"As lágrimas tem o poder de suavizar os corações brutos,
mas também tem o poder de endurecer os nobres corações."

Passei por problemas, desilusões, decepções e fui vendo que em alguma das pessoas em que eu deveria contar pra vida toda, eu simplesmente não podia confiar e compreendi que as vezes não queremos ver os fatos mas eles acontecem, independentemente ou não de nossa vontade.

Por isso, tive que crescer 5 anos em 1, e fui percebendo que as vezes a gente tem que aceitar o que o destino nos mostra e que duas coisas que eu sempre temia são cada vez mais afiramadas diante dos dias que vivo e das pessoas que conheço:
"Um amor pode não ser pra vida inteira,
e as pessoas vão mudando com o tempo,
as vezes pra melhor, as vezes pra pior."


Então em tese a vida ganhou um aspecto mais sombrio pra mim. Mais realista. Justamente pra mim que acreditava tanto nas utopias e nos amores-pra-vida-toda.


A única coisa que pra mim permanece imutável é a minha Fé. E sinceramente, nos últimos tempos é apenas nela que acredito.


É duro sofrer decepções, você acaba se fechando para o mundo, por isso temos que saber balizar nossos sentimentos.


Por essa série de variáveis, eu tenho me tornado mais objetivo e mais racional e lógico, deixando o Sam emocional, romântico e utópico de lado. Meu trabalho exige, minha vida exige e até meus relacionamentos exigiram isso.


Assim tenho me dedicado mais tempo aos meus sonhos que dependem de mim: Carreira e Profissão. E deixado o que muitos chamam de destino mas eu chamo de Deus, decidir aquilo que não depende de mim: o Amor. É o conceito que eu chamo:


"Deixar nas mãos de Deus. Afinal Ele decide."


Assim tenho encontrado paz na alma nesses dias corridos que tenho vivido, onde justamente por essa correria talvez diminua as postagens que faço aqui. Pois decidi que não vou postar qualquer coisa aqui por postar. Mas vou escrever aquilo que eu sinto vontade na hora em que eu puder.


Por isso haverá mais qualidade aqui, diferentemente dos posts anteriores que para mim foram sem sentido! Um grande beijo/abraço a todos vocês!