segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Presente


Na noite de natal olhei bem para o Céu
as estrelas folhavam a imensidão negra com sua luz
a luz que me iluminava as idéias.
Meu coração pulava em alto no peito
foi quando num suspiro pedi
que me presenteasse
com o que meu coração tanto queria
ou que então afastasse esse desejo para que eu pudesse viver em paz.
A partir daí, acabei me rendendo ao pessimismo e fui passando esses dias como que já vivenciasse o não atendimento deste pedido.
Mas numa noite dessas, semelhante àquela as estrelas me mandaram um presente.


Yeah, Yeah, God Is Great
Yeah, Yeah, God Is Good
Yeah Yeah Yeah Yeah Yeah....

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Morrer agora..


Me perdi, me encontrei
nessas estradas do destino achei e perdi meu principe varias vezes
meu coração saltou grande dentro do peito que mal nele cabia
outras ele desaparecia, como se eu tivesse ficado oco.
Meu sexo era algo transcendental, que extrapolava todos os limites
eu penetrava dentro de mim mesmo e dentro de ti eramos um só
em corpo e alma.
Me empobreci e isso para mim se deteriorou, perdeu sua nobreza
seu sabor.
Perdi meus sentidos, perdi meus sonhos.
Nas noites sem sono olhava para o céu, olhava atentamente as estrelas
tentando recuperar dentro de mim quem eu sempre fui.
Não existem mais os poemas, não existem mais os amores
a minha vida desapareceu junto com as poesias escritas em bancos de ônibus
ou nas noites iluminadas pelo computador sem sono.
Esqueci todos, esqueci tudo
não há ninguém nas minhas memórias
não há ninguém nos meus bilhetes, nas minhas poesias
uma alma selada. Sozinha.
Perdeu se os dias em que eu tinha a certeza de que te encontraria e resolvi me perder
na vida, nas futilidades e esquecer disso tudo...
Por isso mesmo eu queria morrer
morrer este de agora, desaparecer
e ressurgir novo, com esperanças e com a minha luz
aquela mesma luz que me fazia sorrir mesmo nos dias nublados
quando eu era inocente e dançava na chuva
aquele menino que nunca perdeu as esperanças.
Nunca.



quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Regras para o amor

A noite é funda e a lua encoberta pelas nuvens, ali bem no meio da grande metrópole me sentei sobre uma guia numa movimentada rua e comecei a olhar para o céu.
Pessoas me observavam.
Comecei a admirá-lo a ali buscar respostas para minhas perguntas.
Parecia que ainda estava sob o efeito das palavras que me cortaram o coração - diga-se de passagem mais uma vez.
Estavamos indo bem, apenas não esperava que ele tivesse o mesmo desfexo do caso anterior.
Poucas palavras. Objeção. Surpresa.



Invece no, non c'e più tempo per spiegare
per chiedere, se, ci avrevo datto amore
io sono qui e avrei da dire....ancora
(Talvez não, há mais tempo para explicar
e perguntar se te dei amor suficiente
estou aqui e vou dizer... ainda)




Ali olhei bem fundo nos seus olhos e apesar da tristeza que sentia percebi. Não era você. Definitivamente.
Portanto continuamos a conversar, agora como dois amigos, disfarçando a tristeza e prometendo não sumir.
Escutei alguns conselhos. Alguns de um ouvido ao outro.
Despedimos e a distância foi encurtada ao inverso das vezes passadas que atravessávamos a Rebouças bem além só para estar mais tempo juntos.



Io non so ripeterle, io non riesco a dirmi più
Invece no, qui piove noi ricordi, anche vorrei di più
la smetere se tardi....
(Não posso repeti-las - as palavras - e não as direi mais
Talvez não, e chovem nossas recordações, ainda quero
mesmo sendo tarde...)


Mas quem disse que o amor é pra ser triste?
Não, eu não acredito no amor de sofrimento que as pessoas pregam por aí.
Ele também possui sofrimento mas ele é principalmente alegria, felicidade.
Mãos suadas. Coração acelerado. Sorrisos abertos. Olhar brilhante.
Isso não tinhamos e se era assim não era amor. Se não o era, então nada era...



Por isso apesar do andar desnorteado pelas ruas da parte ocidental da cidade grande, me alivio por ter no coração ainda aquilo que tanto tentaram me tirar. A esperança.
Meu coração descansa agora, porque já lutou de mais, mas não perdeu a guerra.
Precisa apenas de tempo e munição pois enfrentou muitas batalhas em vão nos últimos tempos.



Oggi è tardi. Oggi invece no.
(Hoje é tarde. Mas talvez não)



sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

TEMPERALIDADE


Hoje eu vou externar aquilo que muitos de vocês também sentem frente a um comportamento corriqueiro, especialmente no mundo gay:


A temperalidade.


Vou exemplificar com um acontecimento que ocorreu comigo - que compartilhei em parte com vocês - e com um amigo meu.
Conheci um cara há mais de um mês, amigo de um amigo meu. Estavamos saindo, nos conhecendo..rolavam mensagens apaixonadas...
" Escutei Laura Pausini, lembrei de você..estou com saudades..."
"Meu dia tava tão ruim, mas agora com sua ligação, tudo tem mais sentido agora...beijo!"



Ou seja, havia sentimento mutuo, e tudo estava indo "teoricamente" bem até o "dia da viagem" - um dia antes do encontro de blogayros - dali em diante as comunicações foram com mensagens e ligações a contra gosto.


Agora antes de qualquer reflexão, segue o exemplo do meu amigo:



Ele conheceu um certo rapaz há exatos 15 dias. Cabelos negros. Pele levemente bronzeada. Sarado. Enfim, aquele estereótipo que os gays adoram.
Durante uma semana e meia rolaram encontros, saídas, teatro e nesse tempo ocorreram mensagens no celular, ligações em várias horas do dia e brincadeiras declaratórias - por parte dele.
Numa feira:
- Poxa, não vai dar desconto não? É presente do namorado ó!

Apresentando e comentando com amigos:
- Então você acha, o ex ficar ligando no celular do meu namorado?

Uma amiga dele:
- Fulando, ele me deu um presente de aniversário onde estava no bilhete: - "Com muito carinho de X e Y"


Agora, depois disso tudo o cara virou - sem que houvesse nenhum motivo aparente ou conjuntura que levasse a isso - e mandou uma mensagem a ele do nada dizendo:
" Preciso conversar contigo depois, não quero mais ficar com ninguém...."
Como assim minha gente?


Foi ele que adicionou o meu amigo no orkut, foi ele quem chamou pra sair, ele que iniciou tudo e faz isso...


Eu me preocupo tanto em não magoar as pessoas e elas simplesmente tratam o sentimento dos outros como lixo? Lógico que as pessoas tem o direito de não querer mais, mas elas estão cagando para o sentimento do outro.


Custava o meu ex ter enviado uma mensagem chamando pra conversar e dar o ponto final?
Custava o cara que meu amigo conheceu explicar a situação e dizer o não definitivo?
Sabe porque pergunto isso? Porque nos 2 casos nenhum dos caras disse com todas as letras:

- Não curto mais de você e não faz mais sentido estarmos juntos.


Ou seja, deixaram "no ar" uma certa aura de esperança, para num futuro próximo quem sabe voltar. Ambos não foram enfáticos em nada que disseram. É como se voce tirasse o marinado da geladeira e voltasse ao freezer, pra comer uma outra hora mais tarde.
Por favor né gente?

Por isso que eu sou a favor do "não". Em muitas vezes ele é bem melhor que o "sim".
Fica todo mundo ciente do que está passando e vai refazer seu caminho numa outra oportunidade.